23/1/07 - poetria em construção (dedicada ao filho de um homem que não é um coreógrafo famoso)
Bandeiras ocultas em gotas de chuva gritantes
«Rosa»
No autocarro, passo a passo,
rostos gastos de contentamento distante
depois disparos, efervescentes, daquela poesia extasiada, adornada
de nossos risos, joviais na mecanicidade do trânsito
«nus»
…prontos a reconquistar a eternidade
assim que terminarmos esta cerveja,
descolarmos nossos ombros lavados formatados aos confins do sofá...
logo após um derradeiro cigarro -- amores, o mundo espera...-- aussi o último
fôlego
«mãe»
Fumo rodopiante no ar
livre,
agora despreocupado, desfolhado de som
-»A neblina fugiu nas hélices de helicópteros obtusos.
"oh ternura inútil!"
Mar.
«Rosa»
No autocarro, passo a passo,
rostos gastos de contentamento distante
depois disparos, efervescentes, daquela poesia extasiada, adornada
de nossos risos, joviais na mecanicidade do trânsito
«nus»
…prontos a reconquistar a eternidade
assim que terminarmos esta cerveja,
descolarmos nossos ombros lavados formatados aos confins do sofá...
logo após um derradeiro cigarro -- amores, o mundo espera...-- aussi o último
fôlego
«mãe»
Fumo rodopiante no ar
livre,
agora despreocupado, desfolhado de som
-»A neblina fugiu nas hélices de helicópteros obtusos.
"oh ternura inútil!"
Mar.
6 Comments:
Belissimo. Fazendo-me desejar ser eu o anónimo filho desse coreógrafo que será um dia famoso.
Dear Cat
Posso usar alguns dos teus poemas (destes e dos velhos) nas pseudo-aulas de portugues k tou a dar na POlonia?
'descolarmos nossos ombros lavados formatados aos confins do sofá...'
Adoro o som das tuas palavras.
(n vamos dissertar sobre os poemas, e so pa exercicios d leitura coisa assim)
Abraco
alcebíades =P, teu post fez-me sorrir (depois, se quizeres explico-te a história da dedicatória - é gira e curta -)*
nuvem, querida amiga,
meus poemas são teus
não precisas então de pedir ;)
que porreiro estares a dar aulas de português, mesmo que para ti "pseudo".
abraço-te de volta
essa catarina só me extasia.
beijos do seu fã brasileiro.
PS: o nome do livro é "Um copo de cólera" do Raduan Nassar. Agora está eternizada a dica. Não tem porque não lê-lo.
bem... profundo quanto te poderia ser, fluido quanto conseguirias atinjir; e visto eu ser um perfeito anormal, retrógrado e ultra-romântico, tenho uma, uma só critica a fazer... não rima. (bem sei é ideótico dizer isto, mas que queres, não me seria a mim, a este humilde servo dos antigos mestres, se não dissesse isto), ainda assim extraórdinário sem o poder negar; só mais um coisa... deu-me quase um ataque de saudosismo, aquele devaneio do cacilheiro, hei-de te mostrar o meu (que sim, rima)
Chico
Nao me poderia saber
Dona de coisas tao belas...
:)
Muito muito obrigada Cat
*
Enviar um comentário
<< Home