quarta-feira, janeiro 24, 2007

23/1/07 - poetria em construção (dedicada ao filho de um homem que não é um coreógrafo famoso)

Bandeiras ocultas em gotas de chuva gritantes
«Rosa»
No autocarro, passo a passo,
rostos gastos de contentamento distante
depois disparos, efervescentes, daquela poesia extasiada, adornada
de nossos risos, joviais na mecanicidade do trânsito

«nus»
…prontos a reconquistar a eternidade
assim que terminarmos esta cerveja,
descolarmos nossos ombros lavados formatados aos confins do sofá...

logo após um derradeiro cigarro -- amores, o mundo espera...-- aussi o último
fôlego

«mãe»

Fumo rodopiante no ar
livre,
agora despreocupado, desfolhado de som

-»A neblina fugiu nas hélices de helicópteros obtusos.
"oh ternura inútil!"

Mar.

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Belissimo. Fazendo-me desejar ser eu o anónimo filho desse coreógrafo que será um dia famoso.

4:17 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Dear Cat

Posso usar alguns dos teus poemas (destes e dos velhos) nas pseudo-aulas de portugues k tou a dar na POlonia?

'descolarmos nossos ombros lavados formatados aos confins do sofá...'

Adoro o som das tuas palavras.

(n vamos dissertar sobre os poemas, e so pa exercicios d leitura coisa assim)

Abraco

12:23 da tarde  
Blogger cat said...

alcebíades =P, teu post fez-me sorrir (depois, se quizeres explico-te a história da dedicatória - é gira e curta -)*

nuvem, querida amiga,
meus poemas são teus

não precisas então de pedir ;)

que porreiro estares a dar aulas de português, mesmo que para ti "pseudo".

abraço-te de volta

8:46 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

essa catarina só me extasia.
beijos do seu fã brasileiro.

PS: o nome do livro é "Um copo de cólera" do Raduan Nassar. Agora está eternizada a dica. Não tem porque não lê-lo.

3:30 da tarde  
Blogger Fernando Machado said...

bem... profundo quanto te poderia ser, fluido quanto conseguirias atinjir; e visto eu ser um perfeito anormal, retrógrado e ultra-romântico, tenho uma, uma só critica a fazer... não rima. (bem sei é ideótico dizer isto, mas que queres, não me seria a mim, a este humilde servo dos antigos mestres, se não dissesse isto), ainda assim extraórdinário sem o poder negar; só mais um coisa... deu-me quase um ataque de saudosismo, aquele devaneio do cacilheiro, hei-de te mostrar o meu (que sim, rima)
Chico

3:19 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Nao me poderia saber
Dona de coisas tao belas...

:)

Muito muito obrigada Cat
*

10:17 da manhã  

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