domingo, outubro 29, 2006

PARABENS A MIM!

(3act dive) the moment before the plunge=) (fotos by lena and sam)


domingo, outubro 22, 2006

estava a ouvir esta música da Paula Cole, por acaso, num computador de casa de uma amiga
e pensei...
bolas, (depois de uma primeira impressão de cornyness) é mesmo isto...

"(...)So you look at me a little more deeply
All we have is this very moment
And I don't want to do what his father, and his father, and his father did
I wanna be here now

And I don't want to wait for our lives to be over(...)"

reciclagem de um sentimento sobre uma gota (ou desordem gramatical II)

Duas. palavras.

Olham-se.

impressas a preto em papel branco por detrás de um vidro
«10hs. Frio que se vê. chove.»

Na solidão de não serem lidas; que sábias!
saberem ser certo não haver alma por perto
que sinta…
a silenciosa distância entre o eterno caminho das milimétricas coisas vivas.

Tal como abrimos os olhos de forma diferente,
num acordar inesperado a horas mais propicias a outras correrias,
percorre naquela altura, no corredor destas palavras, um ar soturno, ausente de risos, porém belo, - if not only, pela ausência de contemplação das almas que hoje não correm às escadarias. -
«10hs, cinzentas de chuva».

Não é entendida decerto toda a viagem pelos céus vencendo ventos,
o frio, o incerto
- resumo para todos na certeza de cada momento seguinte de qualquer pequena vida. -.
Não é notada a forma única de uma gota que não se iguala a mais alguma da nuvem em que foi concebida.

Passa uma pomba.
depressa o som produzido pela chuva preenche os espaços do Passos…
de tal forma que jamais qualquer música preencheria.
E as paredes e as janelas carregadas do cinzento e do tempo em que existem
mudam as cores mas subtilmente
..e não haverá alma para reparar nisso…

A aventura, sem fim nem início, de uma gota entre tantas, entrevendo de cima o caminho do seu retorno ao mundo terreno….Fundindo-se desmultiplicando-se, outra e outra vez, numa janela antiga, num segundo andar na cidade de Lisboa «por volta das 10h da manhã a uma quinta»

sábado, outubro 21, 2006

"quando fores etiquetado tens que escrever seis informaçoes aleatórias sobre ti. depois escolhes seis pessoas para etiquetar e lista os seus nomes. "

aqui vai:

1. Um dos maiores conflitos com que lido é o de não poder ser duas coisas em simultâneo. estar em dois sítios, tocar acordy e acompanhar-me a mim própria noutro instrumento. Tudo toda a parte. Parece silly mas causa-me for real algum transtorno.

2. Sinto que não consigo viver bem longe do mar.

3. Quando acontece algo que me entristece muito, sento-me ao piano à noite e tento encontrar algo, inevitavelmente triste, mas de belo e de novo, que seja maior que eu.. Só paro quando me sinto melhor.

4. Nunca me acontece “teclar” este símbolo ---» “=P” sem pôr involuntariamente a língua de fora.

5. Tomo conta de mim entrando numa onda solitary mas sou um bicho verdadeiramente comunitário, estou bem quando rodeada de família (dentro e para lá do sangue) de gente cheia de vida, quando adiciono alguém ao espaço ilimitado dentro de mim, quando sinto que contribui algo de bom para o caminho de outra pessoa, seja o que for, seja quem for.

6. Quando era pequena sonhava muitas vezes que era capaz de voar. fiquei por isso até hoje com uma atracção (literal) pelo abismo

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os "etiquetados"....nao sei, nao sei quem ainda aparece por estas bandas...
(se alguém speak-up-ar será automaticamente seleccionado)
*

terça-feira, outubro 17, 2006

ARgumento peixinho (penultima versao) - TOBIAS (OU NÃO TOBIAS)

TOBIAS (OU NÃO TOBIAS)

Um aquário redondo, contendo água de cor acastanhada, dentro do qual bóia morto um peixinho vermelho. Uns dedos mergulham um copo de plástico, com imagens das tartarugas ninja, na água desse aquário. O peixe é retido no copo.

CENA1 EXT / RUA DE BAIRRO URBANO1/ FIM DE TARDE/ OUTONO
Numa rua de bairro urbano, PEDRO, de cerca de 35 anos, vestindo uma camisa e calças de fato, encontra-se parado à saída de uma loja de animais. Uma gota de suor cai-lhe na testa; na mão esquerda segura um saco transparente dentro do qual nada um peixinho vermelho.

PEDRO respira fundo e dá um passo na direcção de um carro estacionado, enquanto retira do bolso uma chave. PEDRO pára. Atrás desse carro, bloqueando a sua possível saída, está parado um camião de onde dois homens descarregam latas vermelhas de comida de gato.

Ao ver isto, PEDRO, nervoso, consulta o seu relógio e faz uma expressão de sobressalto antes de olhar em volta.
PEDRO começa então a caminhar a passo rápido e corre descendo a rua pelo passeio.

Vê-se PEDRO a correr ao longo do passeio de outra rua, desviando-se dos transeuntes.

CENA2/ EXT / RUA DE BAIRRO URBANO2/ FIM DE TARDE/OUTONO
LUCAS 9 anos, de mãos nos bolsos do casaco, encontra -se de pé num passeio junto a uma porta, entreaberta, de um apartamento. LUCAS olha de um lado para o outro da rua em expectativa.

PEDRO surge em corrida segurando o saco com o peixinho na mão e pára dois metros de frente para a porta entreaberta.
Ofegante apoia as mãos nos joelhos.

PEDRO
(ao ver LUCAS prepara-se para iniciar um sermão)
Lucas, tu....

PEDRO repara na porta à sua frente e não termina a frase.
Em vez disso caminha na direcção da porta.

LUCAS:
(calmo mas tentando parar PEDRO)
Pai, espera...
(faz sinais para PEDRO e depois grita para trás)
Diana!
A porta do apartamento abre-se.
De imediato PEDRO esconde o saco do peixe atrás das costas.

De dentro do apartamento sai DIANA, uma mulher de cerca de 30 anos. Usa roupa “descontraída” com motivos de animais/ecologistas. Segura numa mão contra si um aquário redondo que contem água transparente e olha em horror para PEDRO. Atrás de DIANA no chão estão pousados uns sacos de viagem.

PEDRO:
(de frente para ela em choque inicial, depois nervoso)
Espera, eu posso explicar...nós estávamos...

DIANA olha para o aquário e depois na direcção da sua outra mão.

Vemos pela primeira vez que DIANA segura na mão direita um gato pelo cachaço.
PEDRO faz uma expressão de incredulidade.

DIANA levanta o gato ao nível dos seus olhos.

DIANA
(Em tom repreensivo mas maternal e triste)

Comeste o Tobias...! És um gato feio!
DIANA pousa o aquário e solta o gato que foge pela rua. Depois dirige-se para PEDRO e lança os braços à volta do seu pescoço.
DIANA
(em desabafo e sentindo o que diz)
Oh Pedro, ainda bem que chegaste! e que saudades eu tive!

Enquanto isto PEDRO agita ligeiramente o saco do peixe atrás das costas.
LUCAS reage a isto, desloca-se subtilmente para trás de PEDRO e enfia o saco com o peixe no bolso do seu próprio casaco.

DIANA
(desabafando, mas mais calma)
Foi horrível chegar a casa e aquele gato a lamber-se todo...e...e o Tobias, pobre Tobias! Eu sei que também gostavas muito daquele peixinho.

PEDRO
(em tom carinhoso)
Já passou Diana, vai ficar tudo bem...

DIANA afasta-se e põe o braço à volta de LUCAS.

DIANA
(já completamente calma e controlada)
Pedro, que me ias dizer?

PEDRO
(de novo ligeiramente atrapalhado)
Pois..perguntar-te como correu a viagem e...é que vi um restaurante vegetariano novo, com um ar porreiro.....achei que podíamos ir lá agora...se não estiveres muito cansada, claro...

DIANA
(dirigindo-se a LUCAS em tom de ternura)
Apetece-te Lucas? É só ir buscar a carteira...

LUCAS faz um sinal afirmativo com a cabeça.

Diana entra em casa.

PEDRO puxa LUCAS para junto de si e afaga-lhe a cabeça, sorrindo, agora tranquilo e animado.

PEDRO
(em tom de cumplicidade.)
Safaste-te LUCAS. Safámo-nos.

PEDRO, de mão no ombro de LUCAS, espera ao lado deste, junto à porta do apartamento.
LUCAS olha o chão e pisa um insecto que passa.

PEDRO
(lembrando-se subitamente)
Só uma coisa...onde arranjaste o gato?

LUCAS indica com a cabeça na direcção da porta vizinha à deles.

Naquele momento uma VELHA muito idosa abre a porta do seu apartamento. Debaixo do braço segura uma lata vermelha de comida de gato e exclama:
Félix! Bicho, Bicho...

PEDRO afasta-se e olha em choque para LUCAS, depois para a porta entreaberta. Consulta o relógio e de seguida olha ansioso em volta…
F I M

sábado, outubro 14, 2006

let us be us

me rappeler cette nuit...