reciclagem de um sentimento sobre uma gota (ou desordem gramatical II)
Duas. palavras.
Olham-se.
impressas a preto em papel branco por detrás de um vidro
«10hs. Frio que se vê. chove.»
Na solidão de não serem lidas; que sábias!
saberem ser certo não haver alma por perto
que sinta…
a silenciosa distância entre o eterno caminho das milimétricas coisas vivas.
Tal como abrimos os olhos de forma diferente,
num acordar inesperado a horas mais propicias a outras correrias,
percorre naquela altura, no corredor destas palavras, um ar soturno, ausente de risos, porém belo, - if not only, pela ausência de contemplação das almas que hoje não correm às escadarias. -
«10hs, cinzentas de chuva».
Não é entendida decerto toda a viagem pelos céus vencendo ventos,
o frio, o incerto
- resumo para todos na certeza de cada momento seguinte de qualquer pequena vida. -.
Não é notada a forma única de uma gota que não se iguala a mais alguma da nuvem em que foi concebida.
Passa uma pomba.
depressa o som produzido pela chuva preenche os espaços do Passos…
de tal forma que jamais qualquer música preencheria.
E as paredes e as janelas carregadas do cinzento e do tempo em que existem
mudam as cores mas subtilmente
..e não haverá alma para reparar nisso…
A aventura, sem fim nem início, de uma gota entre tantas, entrevendo de cima o caminho do seu retorno ao mundo terreno….Fundindo-se desmultiplicando-se, outra e outra vez, numa janela antiga, num segundo andar na cidade de Lisboa «por volta das 10h da manhã a uma quinta»
Olham-se.
impressas a preto em papel branco por detrás de um vidro
«10hs. Frio que se vê. chove.»
Na solidão de não serem lidas; que sábias!
saberem ser certo não haver alma por perto
que sinta…
a silenciosa distância entre o eterno caminho das milimétricas coisas vivas.
Tal como abrimos os olhos de forma diferente,
num acordar inesperado a horas mais propicias a outras correrias,
percorre naquela altura, no corredor destas palavras, um ar soturno, ausente de risos, porém belo, - if not only, pela ausência de contemplação das almas que hoje não correm às escadarias. -
«10hs, cinzentas de chuva».
Não é entendida decerto toda a viagem pelos céus vencendo ventos,
o frio, o incerto
- resumo para todos na certeza de cada momento seguinte de qualquer pequena vida. -.
Não é notada a forma única de uma gota que não se iguala a mais alguma da nuvem em que foi concebida.
Passa uma pomba.
depressa o som produzido pela chuva preenche os espaços do Passos…
de tal forma que jamais qualquer música preencheria.
E as paredes e as janelas carregadas do cinzento e do tempo em que existem
mudam as cores mas subtilmente
..e não haverá alma para reparar nisso…
A aventura, sem fim nem início, de uma gota entre tantas, entrevendo de cima o caminho do seu retorno ao mundo terreno….Fundindo-se desmultiplicando-se, outra e outra vez, numa janela antiga, num segundo andar na cidade de Lisboa «por volta das 10h da manhã a uma quinta»
1 Comments:
os escorpiões escrevem muita bem...
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