quarta-feira, junho 29, 2005
domingo, junho 26, 2005
coisas soltas que entraram na minha cabeça esta noite e que não interessam a ninguém
Acho sinceramente que as senhoras curvadas passeando cães enormes que lhes dizem coisas como "Não vás por aí, que essa água não presta e há mais boa em casa" têm a certeza absoluta que eles(cães) compreendem cada palavra que dizem..
quem sabe, talvez tenham razão. quem sabe se elas não decifram o seu ladrar em respostas como "epá, ainda bem que me avisaste para a próxima tenho mais cuidado."
Tou a pensar nisso, tinha uma professora de hóquei (back in the day) que dizia que as árvores têm de sentir, que não há nada que prove que as árvores não sintam. Ela dizia também que enquanto tivermos pernas devemos usá-las muito e que quando deixássemos de as ter teríamos muito tempo para ler e estudar..- pergunto-me se ainda o diz e o que os meus pais achariam se eu lhes explicasse isso assim.. -
Esta noite vi um morcego sobrevoar contornando todas as árvores de uma praça semi-deserta
em Lisboa, e não sei bem porquê mas tive o impulso de o seguir..maravilhada, achando a junção calçada-prédios antigos-verão em Lisboa-morcego simplesmente invulgarmente única.
Penso que das coisas mais espectaculres que se poideriam fazer em lisboa seria acampar no telhado da basílica da estrela.
Sentar lá em cima perto da cúpula com vista sobre toda a cidade tem de ser fantástico! e dormir lá numa tenda ou assim perto dos sinos vendo as ruas e o jardim por baixo à noite, com muitas pessoas, não sei...acho que seria lindo.
estas são as frazes que vi escritas em paredes hoje:
"As mulheres não se querem devotas, mas libres lindas e loucas"
"arraiais 365 dias por ano"
"revolutionary youth"
e outra bonita em espanhol que me esqueci de escrever =p...
*
quem sabe, talvez tenham razão. quem sabe se elas não decifram o seu ladrar em respostas como "epá, ainda bem que me avisaste para a próxima tenho mais cuidado."
Tou a pensar nisso, tinha uma professora de hóquei (back in the day) que dizia que as árvores têm de sentir, que não há nada que prove que as árvores não sintam. Ela dizia também que enquanto tivermos pernas devemos usá-las muito e que quando deixássemos de as ter teríamos muito tempo para ler e estudar..- pergunto-me se ainda o diz e o que os meus pais achariam se eu lhes explicasse isso assim.. -
Esta noite vi um morcego sobrevoar contornando todas as árvores de uma praça semi-deserta

Penso que das coisas mais espectaculres que se poideriam fazer em lisboa seria acampar no telhado da basílica da estrela.
Sentar lá em cima perto da cúpula com vista sobre toda a cidade tem de ser fantástico! e dormir lá numa tenda ou assim perto dos sinos vendo as ruas e o jardim por baixo à noite, com muitas pessoas, não sei...acho que seria lindo.
estas são as frazes que vi escritas em paredes hoje:

"As mulheres não se querem devotas, mas libres lindas e loucas"
"arraiais 365 dias por ano"
"revolutionary youth"
e outra bonita em espanhol que me esqueci de escrever =p...
*
sexta-feira, junho 24, 2005
quinta-feira, junho 23, 2005
Salgado, o corpo e o espírito.
Salgado, o corpo e o espírito.
os berros de gelados e bolas de berlim (dos vendedores, não dos gelados) e de rapazes que -muito queimados e usando terços como acessório - nos transmitem os seu número de telefone. Areia entre os pés, atrás das orelhas, no cabelo, o cabelo mais preto e mais feliz. E o sol a dizer para nos molharmos na água, dizendo que não nos vamos arrepender e que é verão e é assim. E a água fria na brisa geladinha, a dar aqueles arrepios (que custam mas que são os melhores porque custam) e depois somos anfíbios patetas, voltados para a infância a chapinhar e a nadar para longe, mas não muito longe porque é perigoso e o mar impõe respeito. E saímos fresquinhas e sorridentes.
e então é tarde e passou-se um dia e eu visto-me (demasiado tempo para tirar as coisas molhadas e enfiar umas calças) e corro para a estação e perco o comboio. e então conheço 3 Erasmus na mesma situação que me oferecem chocolate e bolachas e me perguntam como se diz "everywhere" em português. Dizem-me eles que vão à boleia para o algarve. E eu despeço-me na parede, sorrisos, "nice meeting you, have a good trip, luck" e corro mais, pela minha querida parede, com os pés a matarem-me com estes chinelos islâmicos, mas completamente nas tintas para isso, corro pelos caminhos que conheço, dizendo "com licença" às pessoas por quem passo a toda a velocidade (tenho aula de acordeon) e chego à minha porta e há um postal da minha tia-avó sueca a dizer que gosta muito de mim.
E o meu prof. de acordeon é moldavo, por isso pontual, por isso já cá não está, então eu sento-me à frente do computador
descalço-me
sorrio
e escrevo isto.
- - - -
*e sei que eu,
bem como a noite,
somos ainda crianças
os berros de gelados e bolas de berlim (dos vendedores, não dos gelados) e de rapazes que -muito queimados e usando terços como acessório - nos transmitem os seu número de telefone. Areia entre os pés, atrás das orelhas, no cabelo, o cabelo mais preto e mais feliz. E o sol a dizer para nos molharmos na água, dizendo que não nos vamos arrepender e que é verão e é assim. E a água fria na brisa geladinha, a dar aqueles arrepios (que custam mas que são os melhores porque custam) e depois somos anfíbios patetas, voltados para a infância a chapinhar e a nadar para longe, mas não muito longe porque é perigoso e o mar impõe respeito. E saímos fresquinhas e sorridentes.
e então é tarde e passou-se um dia e eu visto-me (demasiado tempo para tirar as coisas molhadas e enfiar umas calças) e corro para a estação e perco o comboio. e então conheço 3 Erasmus na mesma situação que me oferecem chocolate e bolachas e me perguntam como se diz "everywhere" em português. Dizem-me eles que vão à boleia para o algarve. E eu despeço-me na parede, sorrisos, "nice meeting you, have a good trip, luck" e corro mais, pela minha querida parede, com os pés a matarem-me com estes chinelos islâmicos, mas completamente nas tintas para isso, corro pelos caminhos que conheço, dizendo "com licença" às pessoas por quem passo a toda a velocidade (tenho aula de acordeon) e chego à minha porta e há um postal da minha tia-avó sueca a dizer que gosta muito de mim.
E o meu prof. de acordeon é moldavo, por isso pontual, por isso já cá não está, então eu sento-me à frente do computador
descalço-me
sorrio
e escrevo isto.
- - - -
*e sei que eu,
bem como a noite,
somos ainda crianças
domingo, junho 19, 2005
sábado, junho 18, 2005
PasdAdasLasdAdpoVpodRssAproS
Pah...as Palavras! Odeio-as, odeio as palavras! Talvez porque sei que o limite do meu mundo é o limite da minha linguagem (e acho que li uma frase parecida com essa em algum lado à uns tempos) e assim sendo sinto o meu mundo a encurtar, se calhar pela força e poder que sei que podem exercer e, ao mesmo tempo , sinto que no fundo, por si mesmas, as palavras não significam absolutamente NADA.
Hoje vivam os olhares e os sorrisos e as mãos e o silêncio.
e a música, centro de mim, sempre sempre sempre
- - - -
Hoje vivam os olhares e os sorrisos e as mãos e o silêncio.
e a música, centro de mim, sempre sempre sempre
- - - -

não fui eu que desenhei isto, (é do http://www.savagechickens.com/blog/index.html)
mas dedico-te a ti tiago.
eheh
sexta-feira, junho 17, 2005
Obrigado Ministério da Educação
Obrigado Ministério da Educação ! e especialmente a sei lá quem que decidiu pôr Cesario Verde e Sophia de Mello Breyner no exame de português..VocÊs são os melhores!!
e já agora c. , o (belo)poema era este:
Em todos os jardins
Em todos os jardins hei-de florir
Em todos beberei a lua cheia,
Quando enfim no meu fim eu possuir
Todas as praias onde o mar ondeia.
Um dia serei eu o mar e areia,
A tudo quanto existe me hei-de unir,
E o meu sangue arrasta em cada veia
Esse abraço que um dia se há-de abrir..
Então receberei no meu desejo
Todo o fogo que habita na floresta
Conhecido por mim como num beijo..
Então serei o ritmo das paisagens,
A secreta abundância dessa festa
Que eu via prometida nas imagens."
.Sophia de Mello Breyner Andersen
- - -
pronto, não,é certo que nao vou ter uma nota espectacular nem nada, but they certainly were the subjects I knew most of (alteratives were Miguel Torga, Aparição, among others), e deu-me um goso descomunal fazer este teste e saber estas coisas e isso vale muito
e já agora c. , o (belo)poema era este:
Em todos os jardins
Em todos os jardins hei-de florir
Em todos beberei a lua cheia,
Quando enfim no meu fim eu possuir
Todas as praias onde o mar ondeia.
Um dia serei eu o mar e areia,
A tudo quanto existe me hei-de unir,
E o meu sangue arrasta em cada veia
Esse abraço que um dia se há-de abrir..
Então receberei no meu desejo
Todo o fogo que habita na floresta
Conhecido por mim como num beijo..
Então serei o ritmo das paisagens,
A secreta abundância dessa festa
Que eu via prometida nas imagens."
.Sophia de Mello Breyner Andersen
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pronto, não,é certo que nao vou ter uma nota espectacular nem nada, but they certainly were the subjects I knew most of (alteratives were Miguel Torga, Aparição, among others), e deu-me um goso descomunal fazer este teste e saber estas coisas e isso vale muito
quinta-feira, junho 16, 2005
terça-feira, junho 14, 2005
"Enquanto houver santo antónio...Lisbooa não morre maaais"
Hoje recebi um telefonema do João Nunes. Parece que uma amiga lhe disse que viu ontem uma amiga freak dele (aka eu) com um grupo grande nos santos populares, todos parecendo estar perto do coma alcoólico.
Mas que raio de maneira de descrever as coisas...Ontem éramos exactamente nós mesmos, mas mais livres...ontem apetecia-me..sei lá...correr pelas ruas de braços no ar, free, sem destino e amar toda a gente (e amei), transmitir a todos que a vida nem é assim tão má, e que sim, podemos correr de braços no ar and it’s ok...que há momentos e coisas pelas quais vale a pena por aqui ficar.
E ri-me muito ontem, tudo fazia um pouco mais de sentido e era “ali”naquele momento, sem preocupações ou racionalizações. Apetecia-me abraçar até a velhinha que vende as velas (e acaba por lucrar com o espírito altruísta-alcoólico dos participantes na festa, no espírito..) e o estrangeiro que não percebe nada do que se está aqui a passar mas sorri do fundo da sua alma e faz parte disto também. E gostei realmente de ser portuguesa, de cantar músicas populares (e reconhece-las patrioticamente) com o maior dos sentimentos and at the top of my lungs “Lisboa menina e moça...tra ll la”, de comer sardinhas e sentir-me em paz com as coisas. E gostei de estar com o pessoal e “ser” com eles, de os conhecer ( da familiaridade, I mean) e comer e beber com eles e dizer disparates.
Falando em disparates, quer dizer, talvez a amiga do João tenha um bocado razão no sentido (único) em que eu não me lembro de metade do que te disse quando me telefonaste depois de jantar…eheh
Erm…espero não ter dito muita coisa nonsense...mas sabes, se não foram coisas que costumo dizer serão pelo menos provavelmente coisas verdadeiras,
Hey, lembras-te no ano passado? Quando fomos para aquele larguinho, cheio de cores e luzes, onde dançámos e tomámos uma caipirinha? estavam lá adeptos franceses do euro 2004, lembras-te...Bem, a mãe encontrou ontem um tipo suíço que tinha estado cá nessa altura (euro) e que quando foi aos santos divertiu-se tanto, sentiu-se tão incrivelmente bem que prometeu voltar este ano e trazer amigos, apenas para isto.
Estava visivelmente não-arrependido.
Bem, é tarde..
Keep on rocking in the free world
E para sempre as festas populares!
Pró ano contigo, C.
*
“Ó noite de Santo António ! Ó Lisboa de encantar ! / De alcachofras a florir / De foguetes a estoirar. /Enquanto os bairros cantarem, / enquanto houver arraiais, / Enquanto houver Santo António / Lisboa não morre mais!!”
Mas que raio de maneira de descrever as coisas...Ontem éramos exactamente nós mesmos, mas mais livres...ontem apetecia-me..sei lá...correr pelas ruas de braços no ar, free, sem destino e amar toda a gente (e amei), transmitir a todos que a vida nem é assim tão má, e que sim, podemos correr de braços no ar and it’s ok...que há momentos e coisas pelas quais vale a pena por aqui ficar.
E ri-me muito ontem, tudo fazia um pouco mais de sentido e era “ali”naquele momento, sem preocupações ou racionalizações. Apetecia-me abraçar até a velhinha que vende as velas (e acaba por lucrar com o espírito altruísta-alcoólico dos participantes na festa, no espírito..) e o estrangeiro que não percebe nada do que se está aqui a passar mas sorri do fundo da sua alma e faz parte disto também. E gostei realmente de ser portuguesa, de cantar músicas populares (e reconhece-las patrioticamente) com o maior dos sentimentos and at the top of my lungs “Lisboa menina e moça...tra ll la”, de comer sardinhas e sentir-me em paz com as coisas. E gostei de estar com o pessoal e “ser” com eles, de os conhecer ( da familiaridade, I mean) e comer e beber com eles e dizer disparates.
Falando em disparates, quer dizer, talvez a amiga do João tenha um bocado razão no sentido (único) em que eu não me lembro de metade do que te disse quando me telefonaste depois de jantar…eheh
Erm…espero não ter dito muita coisa nonsense...mas sabes, se não foram coisas que costumo dizer serão pelo menos provavelmente coisas verdadeiras,
Hey, lembras-te no ano passado? Quando fomos para aquele larguinho, cheio de cores e luzes, onde dançámos e tomámos uma caipirinha? estavam lá adeptos franceses do euro 2004, lembras-te...Bem, a mãe encontrou ontem um tipo suíço que tinha estado cá nessa altura (euro) e que quando foi aos santos divertiu-se tanto, sentiu-se tão incrivelmente bem que prometeu voltar este ano e trazer amigos, apenas para isto.
Estava visivelmente não-arrependido.
Bem, é tarde..
Keep on rocking in the free world
E para sempre as festas populares!
Pró ano contigo, C.
*
“Ó noite de Santo António ! Ó Lisboa de encantar ! / De alcachofras a florir / De foguetes a estoirar. /Enquanto os bairros cantarem, / enquanto houver arraiais, / Enquanto houver Santo António / Lisboa não morre mais!!”
segunda-feira, junho 13, 2005
photos mertola
acabei de descobrir este programa de enfiar para aqui imagens e agora so quero post more and more : p
As proximas são de mertola...(oh mertola...!) foram tiradas pelo Puto estupido, menos aquela em que ele aparece, que foi tirada por mim. Dá para ter um cheirinho.
Foi um fim de semana bom..
bolas, tenho tanto que estudar! e dificil! uma pessoa habitua-se a viver pelos seus ritmos, pelos balançar do seu corpo e os seus sons, e o das suas pontes...
ps - estou-me a passar com a ausencia de acentos nesta coisa..
pps - nice talking to you yesterday
As proximas são de mertola...(oh mertola...!) foram tiradas pelo Puto estupido, menos aquela em que ele aparece, que foi tirada por mim. Dá para ter um cheirinho.
Foi um fim de semana bom..
bolas, tenho tanto que estudar! e dificil! uma pessoa habitua-se a viver pelos seus ritmos, pelos balançar do seu corpo e os seus sons, e o das suas pontes...
ps - estou-me a passar com a ausencia de acentos nesta coisa..
pps - nice talking to you yesterday